«Eu, esta orgulhosa Lais para quem a Grécia era um brinquedo e que tinha à porta um enxame de jovens amantes, consagro a Vénus este espelho. Não quero ver-me tal qual sou, e não posso ver-me tal qual era.»
Eu, esta Lais de orgulho insubmisso,
A cuja porta vinham os amantes
Como abelhas doiradas ao cortiço...
Eu, esta Lais que tinha dantes
O rosto lindo e ledo;
Eu, para quem a altiva Grécia era
Um leve, fútil e infantil brinquedo;
A ti, beleza que se não altera,
A ti, ó deusa, o meu espelho dou.
- Não posso ver-me como dantes era!...
- Não quero ver-me como agora sou!...
(Platão)
Espelho, espelho és meu!
Eu,esta orgulhosa Lais de espelho restitúido
que possui ainda um enxame de abelhas doiradas a me atormentar
peço a ti,ó Poeta
que não altere esta Beleza que tu,
somente tu podes controlar.
Fizes-te-me deusa
dotada da Beleza que até Venus chega a invejar.
Mas eu, ESTA Lais
não sou a Lais de Platão.
Sou Tua
Tão somente Tua.
E necessito tão somente
da Tua Criação
Não posso ver-me como dantes era!...
Preciso ver-me como agora sou!...
(Lais Jéssica)
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