21 setembro 2012

Lobo Mau



LOBO MAU



Drena os sonhos da minha infância

Os suga como mel

Destruindo toda esperança

Colocando fogo em meu carrossel

Assassina a bailarina

Que habita na caixinha

Joga as peças na latrina

Sussurra: Está sozinha!

Canta as cantigas da inocência

Me despindo de pudor

Revela-me a indecência

Se deleita em meu horror

Mata as borboletas e as exibe como troféu

Me roda na ciranda até a risada virar pavor

Até o doce mais doce fica amargo como féu

E no fim ele diz que isso tudo se chama AMOR!



( Mila Knox )

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