27 julho 2010

Guerreiro



Guerreiro



Vi um guerreiro

Preso a grilhões invisíveis,

Mas nem por isso, menos pesados

Que os de aço!



Vi um guerreiro

Começando a se curvar,

Depois de tanto lutar

Por intermináveis batalhas...



Carregava este nobre guerreiro

Suas cicatrizes com um triste orgulho,

Mas queria transcendê-las

Deixar de lado a espada e o escudo.



Ele agora queria

Recomeçar tudo de novo,

Quem sabe plantar

Ao invés de matar.



Queria a poesia no lugar

Dos gritos de batalha

Da incessante cacofonia

Da sua longa guerra...



Mas ele lutava por tanto tempo...

Que não sequer sabia

Por onde começar...

Por que recomeçar?



( Roder )

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