XIX
Desvalido em fortuna e aos olhos dos mortais,
Quando choro sozinho ao ver-me rejeitado
E os surdos céus perturbo em vão com altos ais
E amaldiçôo a sorte olhando meu estado,
E almejo ser alguém, bem mais esperançado,
De que tivesse o aspecto e as mais ricas amizades,
E com que o fruo mais o menos contentado,
Quero a arte deste, e doutro as oportunidades:
Quase que me desprezo, em coisas tais cuidando;
Mas penso em ti, e logo a minha condição,
Qual cotovia na alva a terra abandonado,
Ergue às portas do céu hinos de gratidão;
Pois traz-me tal riqueza o teu amor lembrado,
Que desdenho trocar com os reis o meu estado.
Desvalido em fortuna e aos olhos dos mortais,
Quando choro sozinho ao ver-me rejeitado
E os surdos céus perturbo em vão com altos ais
E amaldiçôo a sorte olhando meu estado,
E almejo ser alguém, bem mais esperançado,
De que tivesse o aspecto e as mais ricas amizades,
E com que o fruo mais o menos contentado,
Quero a arte deste, e doutro as oportunidades:
Quase que me desprezo, em coisas tais cuidando;
Mas penso em ti, e logo a minha condição,
Qual cotovia na alva a terra abandonado,
Ergue às portas do céu hinos de gratidão;
Pois traz-me tal riqueza o teu amor lembrado,
Que desdenho trocar com os reis o meu estado.
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