CANTEIRO DE OPALAS
Céu azul... céu lilás... Noite azul, tropical
que através da janela eu fito deslumbrado,
como o sapo infeliz, de olhar quieto e parado
que mora sem ninguém no fundo do quintal...
Abóbada que encima a imensa catedral
do Universo, onde o poeta, um Deus por Deus deixado
na terra, vai abrir seus olhos, consolado
na extática visão de uma obra magistral...
Quando o vejo a pulsar numa noite bonita,
Parece, nem sei bem - um "canteiro" de opalas
cujo pólen é a luz que nos astros palpita...
Opalas que eu adoro! Em vão tento colhê-las!
Quisera na minha alma azul também plantá-las
para ter no meu peito um punhado de estrelas!...
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