Abismo
Vertiginosamente caí no abismo
Esbarrei no fundo do meu coração
E na lama encontrou-se minh’alma
Calma, haverá salvação?
Para aqueles que acreditam no destino
Como força anterior à criação
E eu que vivo no tirocínio
Da raiz, da regência, da razão.
Não paro para pensar no que ficou
No meu corpo, no meu sangue...
Preces de amor e contragosto
De ter perdido por ti a ilusão
Hoje, só acredito em cinzas...
Sementes de uma nova vida.
( Eduardo Gomes )
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