28 agosto 2010

Ao Meu Maior Amigo


Ao Meu Maior Amigo



Quando eu morrer, eu sei, tu escreverás

Triste soneto à morte prematura;

Dirás que a vida cansa em amargura

E, pálido e frio, tu me cantarás.



Nas quadras, reflectido se lerá

De como, vã e breve, a vida expira

E como em terra funda, dura e fria,

A vida, má ou boa, acabará.



A seguir, nos tercetos, tu dirás

Que a morte é mistério, tudo fugaz,

Verdadeira, talvez, a vida além.



Por fim porás a data, assinarás.

E, relido o soneto, ficarás

Contente por tê-lo escrito bem.



( Alexander Search )

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