25 outubro 2010

Carta às Estrellas


Carta às Estrellas




Ninguem soletra mais vossos mysterios

Grandes letras da Noute! sem cessar...

Ó tecidos de luz! rios ethereos,

Olhos azues que amolleceis o Mar!...



O que fazeis dispersas pelo ar?!...

E ha que tempos ha já, fogos siderios,

Que ides assim como uns brandões funereos

Que levaes o Deus Padre a sepultar?!



Ha que tempos, dizei! - Ha muitos annos?...

E, com tudo, astros santos, deshumanos,

A vossa luz é sempre clara e egual!



Ha muito, que sois bons, castos, brilhantes!...

- Mas, tambem... ó crueis! sempre distantes...

Como dos nossos braços o Ideal!



( António Gomes Leal )

Um comentário:

Anônimo disse...

Thanks :)
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