24 novembro 2010

A Angústia Insuportável de Gente


A Angústia Insuportável de Gente




Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,

A banalidade devorante das caras de toda a gente!

Ah, a angústia insuportável de gente!

O cansaço inconvertível de ver e ouvir!



(Murmúrio outrora de regatos próprios, de arvoredo meu.)



Queria vomitar o que vi, só da náusea de o ter visto,

Estômago da alma alvorotado de eu ser...



( Álvaro de Campos )

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