06 novembro 2010

Lei


Lei




O que é preciso é entender a solidão!

O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga

que leva os mortos.



O que é preciso é esperar pela estrela

que ainda não está completa.



O que é preciso é que os olhos sejam cristal sem névoa,

e os lábios de ouro puro.



O que é preciso é que a alma vá e venha;

e ouça a notícia do tempo,

e. entre os assombros da vida e da morte,

estenda suas diáfanas asas,

isenta por igual.

de desejo e de desespero.



( Cecília Meireles )

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