12 setembro 2010

Espera


Espera




Os violinos endoidecem a madrugada.

Ao meu lado

há um demônio que rodopia

incansável.

A cama está vazia.

Não há cigarras.

Aguardo o sinal do Senhor.

Do telhado,

a coruja me observa.

Há estrelas

estateladas

em meus olhos.

Deus se aproxima

e inala pudores.

Restou o homem

encostado na porta.

Pode entrar:

estou aberta.

( Agostina Akemi Sasaoka )

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