Espera
Os violinos endoidecem a madrugada.
Ao meu lado
há um demônio que rodopia
incansável.
A cama está vazia.
Não há cigarras.
Aguardo o sinal do Senhor.
Do telhado,
a coruja me observa.
Há estrelas
estateladas
em meus olhos.
Deus se aproxima
e inala pudores.
Restou o homem
encostado na porta.
Pode entrar:
estou aberta.
( Agostina Akemi Sasaoka )
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