08 setembro 2010

Fraternidade


Fraternidade




Razão não tenho para os homens amar

Nem eles uma para amar-me têm;

À sua vileza cego não sei estar

E toda a vileza também eles vêem.



Ódio em palavras, por saciar,

Sabendo já que por todos seria

Incompreendido; fosse eu falar

E deles ignoto continuaria.



Um ódio mútuo que de instinto vem

Oculto em sorrisos, mal nos suportando.

A bondade humana, conheço-a bem;

Odeio os homens, «irmãos» lhes chamando.



( Alexander Search )

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