12 setembro 2010

Quando A Alma Chora


Quando A Alma Chora




No meio de uma noite sombria

Entre a negritude e a solidão

Cenário propício de um sonhador

Mora a esperança



Entre raios e luzes

Surge um som imperceptível

Envolto na fantasia do amor

Quase não é percebido

Mas lá está ele presente



Um som sem musicalidade

Paralisante e frio

Fazendo um eco surdo

No vazio de um ser



De repente

Como ondas do oceano

Rompe a barreira do silêncio

E surge como efeito cristalino



Nesse exato momento

Sem palavras ou gestos

Você percebe a essência da dor

Quando a alma chora...



Então você busca forças

Em algum lugar do passado

Presente em sua vida

Pra curar essa ferida



E percebe que choro é sinal

De que você sobreviveu

E precisa recomeçar

Sem ter medo de amar



E nessa hora você

Vê que a noite sombria

Está indo embora

Pra surgir um novo amanhecer


( Eliane Gonçalves )

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